ENTRE MONITORAMENTO E PRÁTICAS DE GESTÃO DA VIDA:
INCURSÕES DE UM TRABALHADOR DA ASSISTÊNCIA SOCIAL NAS RUAS DA
CIDADE DE VITÓRIA

Nome: TASSIO JUBINI VENTURIN
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 24/11/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ACÁCIO AUGUSTO SEBASTIÃO JUNIOR Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ACÁCIO AUGUSTO SEBASTIÃO JUNIOR Orientador
ANA LUCIA COELHO HECKERT Examinador Interno
ANA PAULA FIGUEIREDO LOUZADA Coorientador
DIEGO ARTHUR LIMA PINHEIRO Examinador Externo

Resumo: Este estudo visa apresentar a problemática de garantia e de promoção de direitos à população
em situação de rua, a partir da análise da atuação do Serviço Especializado em Abordagem
Social de Vitória (SEAS – Vitória) e da Rede de Atendimento, que engendram formas de gestão
do espaço da cidade, normalização de condutas e comportamentos e segurança da população de
forma geral. As tentativas de impedir que a população em situação de rua se estabeleça no
espaço da cidade, seja de forma violenta, como em ações de recolhimento de seus pertences ou
de forma não-violenta, a partir de formas de controle sofisticadas, compõem estratégias que
almejam uma melhor distribuição dos seus corpos na cidade. A partir de uma retomada das
experiências como operador da Política Nacional de Assistência Social (PNAS) em alguns de
seus equipamentos, dou visibilidade à formação de um corpo que operacionaliza essa política
e um corpo que indaga sobre esses processos e ao conceber a articulação deles, discuto como
funcionavam frente aos desafios encontrados, tendo em vista as políticas de precarização que
atingem tanto a Rede de Atendimento como os atendidos. Ao tratar da transformação do corpo
que operacionaliza a política em corpo-abordador na experiência do SEAS – Vitória,
compreendo a sua atuação como parte de mecanismos de controle e regulação dos corpos-emsituação-de-rua na cidade, na medida em que esse passa a ser envolvido por um corpo-policial.
Ao realizar uma nova incursão nessa experiência, com a contribuição do corpo que indaga os
processos de trabalho, traço aspectos e dinâmicas, a partir da análise dos Relatórios Diários, do
portal de comunicação Fala Vitória 156, das respostas realizadas às solicitações 156, do
Monitoramento Contínuo da cidade e do SigafWeb, bem como revisito episódios envolvidos no
funcionamento desse serviço, para localizá-lo em um plano biopolítico, em que a lógica do
“fazer viver, deixar morrer” se mistura ao “fazer minguar”. Considerando que a atuação do
corpo-abordador atua, por vezes, atendendo o interesse do corpo-domiciliado, sugiro pistas para
formas de atuação que fogem do controle biopolítico, no qual não se produza vidas em que o
destino seja de “viver pouco, sofrer muito”.
Palavras-chave: assistência social; população em situação de rua; biopolítica; cidade; corpo.

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