Jovens e Participação Política: Motivações, Trajetórias e Representações

Nome: MILENA BERTOLLO NARDI
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 22/08/2008
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
MARIA CRISTINA SMITH MENANDRO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
LEÔNCIO CAMINO RODRIGUES LARRAÍN Examinador Externo
MARIA CRISTINA SMITH MENANDRO Orientador
ZEIDI ARAUJO TRINDADE Examinador Interno

Resumo: Esta pesquisa procurou identificar e descrever as trajetórias de participação política de jovens filiados a diferentes partidos, bem como os significados, motivos e representações associados. Foram entrevistados oito jovens, entre 19 e 25 anos filiados a partido político pelo tempo mínimo de um ano. Os dados foram coletados por entrevistas individuais, realizadas a partir de roteiro semi-estruturado abrangendo os tópicos: caracterização do participante, trajetória de militância, reflexões sobre juventude e gênero. As informações obtidas foram submetidas ao método fenomenológico para investigação psicológica e reorganizadas em narrativas. Os dados apontaram a família, a escola e a igreja como importantes agentes de socialização política. A disposição pessoal, o desejo de fazer diferença no mundo em que vivem, a influência dos pais e a carreira profissional foram os principais fatores motivadores da inserção política. Em relação às reflexões sobre juventude e gênero, os participantes reproduzem elementos tradicionais de representação social. A ambigüidade em relação à representação de juventude aparece no discurso dos jovens entrevistados. Ao mesmo tempo em que são representados como contestadores e revolucionários, os jovens também são vistos como apáticos, desesperançados e alienados. Certa dinâmica de identificação e categorização foi identificada entre os participantes. Por um lado, compartilham características que os identificam como grupo (jovens engajados politicamente), em contraposição aos demais jovens (jovens não interessados em política). Por outro lado, há também a dinâmica interna do grupo jovens engajados politicamente, que se dá na diferenciação entre jovens de direita e jovens de esquerda. Nessa dinâmica o embate entre gerações parece unir os jovens, que apontam a dificuldade de ocupar espaço dentro do partido, liderado principalmente por adultos. Quanto às relações de gênero, encontramos certo descompasso entre as representações e as práticas sociais. Apesar da prática de militância ser muito semelhante entre jovens de ambos os sexos, as representações sociais apontam para visões bastante conservadoras. A condição geracional, no caso desta pesquisa, parece ser a base mais importante sobre a qual se ancoram as representações dos jovens participantes.

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