Projetos de Vida Profissional de Estudantes Universitários: Um Estudo na Área da Ética e da Moralidade
Nome: ELZENITA FALCÃO DE ABREU
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 09/03/2012
Orientador:
Nome | Papel |
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HELOISA MOULIN DE ALENCAR | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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EDGAR SCHNEIDER | Examinador Externo |
HELOISA MOULIN DE ALENCAR | Orientador |
LUCIANA SOUZA BORGES HERKENHOFF | Examinador Externo |
PAULO ROGÉRIO MEIRA MENANDRO | Examinador Interno |
SÁVIO SILVEIRA DE QUEIROZ | Examinador Interno |
Resumo: Esta pesquisa consiste em analisar, a partir das perspectivas da moral e da ética, o juízo de estudantes universitários da área da saúde a respeito de seus projetos de vida profissional e a influência dos seus professores nesses projetos. Buscamos conhecer os projetos e analisá-los com base nas contribuições de La Taille (2006a). Participaram da investigação 51 estudantes, de ambos os sexos, dos cursos de Enfermagem, Medicina e Psicologia, da Universidade Federal do Vale do São Francisco UNIVASF, sendo esses dos primeiros e dos últimos períodos dos cursos. Realizamos entrevistas individuais de acordo com o método clínico de Piaget (1926/2005, 1932/1994). Considerando as respostas e justificativas mais frequentes, referentes ao projeto de vida profissional, pudemos verificar que: (1) o projeto de vida profissional que os estudantes mencionam é a pós-graduação, tendo como justificativa a motivação e/ou interesse; (2) todos os participantes possuem a crença de que os seus projetos serão realizados e ressaltam a determinação como argumento; (3) a estratégia sobre como os projetos serão realizados é estudando, seguida da justificativa meio para atingir os objetivos; (4) o Polo Petrolina/Juazeiro é o local onde pretendem realizar seus projetos, sob argumento de ser a melhor alternativa; (5) os pontos positivos e negativos da formação são, respectivamente, os professores e a estrutura da universidade; (6) a maior parte dos entrevistados considera que os professores exercem influência nos seus projetos pela orientação e/ou incentivo na escolha dos caminhos e (7) as maneiras de influenciar dos professores são modo como se relacionam com os alunos e demonstração de conhecimento da área. Diante das repostas e argumentos apresentados, verificamos que poucos dados (10,25%) expressam conteúdos morais, que apontam ou não para a perspectiva ética. Dessa forma, não podemos afirmar que os futuros profissionais fundamentam os aspectos mencionados em princípios morais e éticos no sentido que tratamos nesta pesquisa. Finalmente, esperamos que os dados instiguem trabalhos de intervenção que proporcionem reflexões a respeito dos princípios, que devem nortear a prática profissional e incentivem novos estudos na área da moralidade.