JOVENS RIBEIRINHOS AMAZÔNICOS: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE COMUNIDADE E PROCESSOS IDENTITÁRIOS

Nome: ELIANA RODRIGUES TIAGO

Data de publicação: 02/03/2023

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
MARIA CRISTINA SMITH MENANDRO Orientador

Resumo: Os/As jovens que habitam em comunidades ribeirinhas de contextos amazônicos são parte da
população brasileira que integra os povos tradicionais. Os estudos sobre representações sociais
e identidade de lugar compõem a base teórica para apresentar os processos identitários que são
manifestados através do modo de viver dos/as jovens ribeirinhos/as. O estudo se propôs ao
desvelamento das representações sociais de jovens sobre as comunidades ribeirinhas em que
vivem e as possíveis articulações dessas representações com a constituição de sua identidade
de lugar. O estudo é de abordagem qualitativa e quantitativa. Utilizou-se a abordagem
multimétodos para apreender aspectos objetivos e subjetivos por meio de documentos, uso de
registros de imagens e áudio, caderno de campo, observação participante, roteiro de questões e
aplicação de entrevistas semiestruturadas. Foram entrevistados 31 jovens com idade entre 18 e
29 anos residentes em comunidades ribeirinhas amazônicas da região do Médio Solimões,
gestores e funcionários de Secretarias do município de Coari-AM-Brasil. O software Iramuteq
foi utilizado para as análises estatísticas e textuais e a análise temática serviu para a
interpretação dos dados. Os resultados indicaram que as representações da população jovem
ribeirinha podem ser classificadas como: a) O meu lugar: aqui eu tenho tudo; b) Viver em
comunidade: significados e afetos; c) Eles e elas: Projetos e questões de gênero e d) Nós e eles:
os ribeirinhos e a cidade. Os/as jovens ribeirinhos/as expressam as representações sociais da
comunidade através do compartilhamento de atitudes, pensamentos, cultura, valores e nas
formas de comunicação. A identidade de lugar se manifesta por suas experiências de vida, do
sentimento de pertencimento e do apego ao lugar e ao contexto em que habitam. Suas realidades
são marcadas pela territorialidade amazônica. Salienta-se a importância de estudos sobre as
populações tradicionais em outros contextos que compartilhem e atentem para as dimensões
socioespaciais, formas de pensar, de comunicar, de comportamentos, de ser e de construção de
identidades.

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