Análise do comportamento aplicada ao transtorno do espectro autista: as famílias usuárias, as normas técnicas e os serviços

Nome: ANA CARLA PIM LIMA BREMENKAMP
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 20/09/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ELIZEU BATISTA BORLOTI Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ELIZEU BATISTA BORLOTI Orientador
KELY MARIA DE SOUSA PEREIRA Examinador Interno
LAERCIA ABREU VASCONCELOS Examinador Externo

Resumo: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem base neurológica e é caracterizado por déficits e excessos de respostas motoras, cognitivas e afetivas. O sujeito diagnosticado com este transtorno apresenta limitações no relacionamento com pessoas e objetos, atos repetitivos e estereotipados e desordens no desenvolvimento da linguagem, como a fala com a ecolalia. Tais limitações estão sujeitas à mudança a partir de interações construtivas aprendidas em tratamentos de eficácia, em geral intensivos e conduzidos por equipe multidisciplinar especializada, frequentemente, na Análise do Comportamento Aplicada (ABA). A despeito disto, relatos e pesquisas apontam que intervenções em ABA, mesmo que eficazes, podem ser ineficientes se não forem feitas como devem; e informam que há insuficiência de clínicas e organizações que a ofertam como parte de serviços especializados, apesar de o regimento ditar que indivíduos com TEA têm direito a receber tratamento com os padrões de exigência necessários. Dessa forma, o objetivo desta investigação foi descrever relações entre nível de reprodução de contingências comportamentais entrelaçadas de exigência de serviços para indivíduos com TEA, nível socioeconômico e nível de conhecimento sobre TEA dos familiares desses indivíduos, usuários desses serviços. Para isso, a pesquisa foi dividida em dois estudos. O Estudo 1 consistiu em uma pesquisa documental que levantou as normas técnicas que prescrevem os padrões assegurados para tais atendimentos, e com tal prescrição foi possível construir uma checklist de avaliação do padrão em serviços baseados na ABA prestados para pessoas com o TEA. No Estudo 2, tal instrumento teve como respondentes participantes da capital Vitória, no Espirito Santo, dentre eles, gestores, profissionais e responsáveis pelos usuários dos serviços. Também, foram avaliadas as características das clínicas e da formação dos profissionais, além das condições socioeconômicas e demográficas dos responsáveis e o seu nível de conhecimento sobre o TEA, a partir de questionário e escala. Ao final, foram interpretados todos os dados coletados, com base na média dos resultados. Ao final do Estudo 1, foi possível identificar, nos documentos normativos, a ausência de descrições detalhadas de contingências, o que dificulta a aplicação e padronização dos serviços prestados com base na ABA. Portanto, há emergência de criação de novos documentos normativos, sobretudo, brasileiros, com melhor descrição para que possam servir de instrução para a modelagem do comportamento necessário no repertório dos profissionais. Por fim, no Estudo 2 obteve-se a confirmação das hipóteses, as quais associavam o nível de conhecimento dos familiares sobre o TEA à sua condição socioeconômica, permitindo entender como isso pode interferir no acesso aos serviços com base na ABA. Ressalta-se que há necessidade de maior aprofundamento neste tema e novas pesquisas com este público.

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