O trabalho penitenciário e as relações entre conflito-trabalho família, gênero e
aspectos da saúde: um estudo no Brasil e México

Nome: JAQUELINE OLIVEIRA BAGALHO
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 13/12/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ALEXSANDRO LUIZ DE ANDRADE Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALEXSANDRO LUIZ DE ANDRADE Orientador
ALLINE ALVES DE SOUSA Examinador Externo
APARECIDA MARI IGUTI Examinador Externo
MARCELO JOSÉ MONTEIRO FERREIRA Examinador Externo
THIAGO DRUMOND MORAES Examinador Interno

Resumo: Mulheres e homens ainda não partilham as mesmas oportunidades no trabalho, seja em relação aos aspectos práticos (salário, promoção) ou subjetivos (reconhecimento, igualdade). A divisão sexual do trabalho ainda é uma realidade e suas consequências, a hierarquização e a injustiça perpetuam as relações de desigualdade entre gêneros. Tal divisão tem sido acentuada nos espaços de trabalho em que as atividades são “tradicionalmente” executadas pelo gênero masculino, como no caso das forças de segurança prisional, no trabalho dos inspetores penitenciários, por exemplo. Essa desigualdade pode repercutir nas relações entre família e trabalho, caracterizando efeitos nocivos para a saúde física, mental e emocional das mulheres e homens. Brasil e México apresentam aspectos históricos e sociais similares, se assemelhando, inclusive, nas estatísticas prisionais – o Brasil é o primeiro do ranking em população carcerária da América Latina e o México, o segundo. A partir desses pressupostos, o objetivo desta pesquisa foi analisar as relações entre gênero, conflito trabalho-família e as dimensões de saúde, como fadiga, burnout, ansiedade, estresse e depressão em trabalhadores do sistema prisional brasileiro e mexicano. Para tanto, três estudos foram empreendidos, que envolveram metodologia mista, quantitativa e qualitativa, operacionalizados por um estudo tipo survey e realização de grupo com mulheres trabalhadoras do sistema prisional da Cidade do México. De forma geral, os três estudos demonstram que os constructos se correlacionam nas duas amostras. Nota-se, porém, que a predição varia em termos de hierarquia, ou seja, as variáveis que explicam o modelo estão em ordem de influência distintas em alguns contextos, que serão explicitados a seguir. O gênero se apresenta como dimensão relevante na relação entre os constructos, especialmente, para a dimensão tempo na direção FIT (família interferindo no trabalho) do CTF (conflito trabalho-família). O gênero também influencia na caracterização do adoecimento nesta população, homens adoecem mais expressivamente nos aspectos físicos e xi as mulheres nos aspectos emocionais. Portanto, a emergência de mais estudos que abarquem a relação entre gênero e os demais constructos em inspetores penitenciários se confirma.

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