Negócios sociais como prática cultural cooperativa.

Nome: CLAUDINEI PEREIRA GONÇALVES
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 28/06/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ELIZEU BATISTA BORLOTI Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALEXSANDRO LUIZ DE ANDRADE Examinador Interno
DIEGO ZILIO ALVES Examinador Interno
ELIZEU BATISTA BORLOTI Orientador
FABIANA PINHEIRO RAMOS Examinador Externo
LUIZ HENRIQUE LIMA FARIA Examinador Externo

Resumo: O presente trabalho propôs que “o campo dos negócios sociais configura
uma prática cultural inexplorada, desenvolvida ao longo da história evolutiva da
espécie humana, na qual o repertório cooperativo de alguns indivíduos se destaca
para a emergência e a manutenção dessa prática”, tese que foi averiguada com a
realização de estudos interconectados, resultando em três artigos. O objetivo
principal do primeiro artigo foi propor, a partir de uma perspectiva histórica, que a
emersão dos negócios sociais corresponde a uma prática cultural desenvolvida ao
longo da história evolutiva da cooperação na espécie humana. Pretendeu-se: (a)
apresentar as mais influentes teorias e estudos sobre cooperação já
desenvolvidos ou em discussão; (b) descrever a influência da cooperação no
processo evolutivo das organizações econômicas sociais; e (c) descrever a linha
histórica na qual os negócios sociais se desenvolveram. Embora exista um
conjunto de fatores que desencadeou a ascensão dos negócios sociais, a sua
emersão deve ser vista como um produto de 2,5 milhões de anos de evolução do
comportamento cooperativo no gênero humano. Assim, a história por trás do
surgimento dos negócios sociais é a própria história da cooperação humana.
Como o ponto de partida para qualquer investigação científica acerca de um tema
emergente é saber como está o desenvolvimento científico na área de
conhecimento que o circunscreve, os objetivos do segundo estudo foram: (a)
analisar a produção científica mundial em negócios sociais nos últimos 10 anos; e
4
(b) buscar a identificação de possíveis estudos que abordaram os negócios
sociais como prática cultural. Dentre os resultados apurados, destaca-se a
inexistência de iniciativas que explorem a perspectiva comportamental do avanço
global dos negócios sociais como prática cultural promotora de um
desenvolvimento socioeconômico mais equitativo. O terceiro estudo se propôs a
abordar o papel da cooperação humana na iniciativa de fundar um negócio de
impacto social. Para isso, buscou-se identificar as contingências controladoras do
comportamento cooperativo do Prêmio Nobel da Paz de 2006, professor
Muhammad Yunus, que culminou na criação e operação do Grammen Bank, um
modelo de negócio social mundialmente conhecido. O objetivo desse artigo foi
destacar contingências que poderiam ser importantes programar em práticas
educacionais voltadas a negócios sociais. Observou-se que as contingências
mais relevantes na aquisição e manutenção do comportamento cooperativo de
Yunus envolvem autocontrole e contracontrole na convivência com grupos que se
relacionam ao alcance do bem-comum. Os três estudos confirmaram os
fundamentos da tese, ratificando que: (1) a emersão dos negócios sociais
representa um fenômeno social desenvolvido ao longo da história evolutiva da
espécie humana; (2) o estudo dos negócios sociais como prática cultural é um
campo ainda inexplorado; e (3) que o repertório cooperativo de alguns indivíduos
com história de autocontrole e contracontrole se destaca para a emergência e a
manutenção dessa prática cultural.

Acesso ao documento

Transparência Pública
Acesso à informação

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Fernando Ferrari, 514 - Goiabeiras, Vitória - ES | CEP 29075-910