Tem alguém olhando? uma análise evolucionista sobre o comportamento cooperativo

Nome: THAÍS BARBOSA MEDEIROS
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 20/09/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ROSANA SUEMI TOKUMARU Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANUSKA IRENE DE ALENCAR Examinador Externo
RAFAEL MOURA COELHO PECLY WOLTER Examinador Interno
ROSANA SUEMI TOKUMARU Orientador

Resumo: No presente estudo testou-se a influência da presença de vigilância social, da orientação cultural coletivista/individualista, da identificação com o grupo e da percepção de normas sociais sobre o comportamento cooperativo. Dentre os modelos de cooperação estudados a Teoria da Reciprocidade Indireta preconiza que os indivíduos ajudam terceiros não apenas quando esperam um retorno direto de quem ajudaram, mas também objetivando a construção de reputação diante do grupo que poderá trazer benefícios futuros indiretos a quem coopera. Uma predição importante do modelo de reciprocidade indireta é que as pessoas se comportam mais cooperativamente quando acreditam que seu comportamento pode ser observado. Nesse sentido, a percepção de vigilância social pode influenciar a expressão do comportamento cooperativo. Considerou-se vigilancia social o monitoramento de coespecificos no ambiente social e percepção de vigilancia social a sensação de ter o comportamento monitorado por coespecíficos no ambiente social. No Estudo 01 construiu-se e investigou-se a validade da Escala de Percepção de Vigilância Social (EPVS), correlacionando o constructo com as demais variáveis de interesse. Participaram 551 pessoas da comunidade universitária através de levantamento on-line. Realizou-se Análise Fatorial Exploratória (AFE), sendo constatada uma estrutura bidimensional da EPVS. Conclui-se que a EPVS apresenta propriedades psicométricas adequadas e que a percepção de vigilância social está diretamente correlacionada com a orientação individualista horizontal e negativamente correlacionada com a renda, a idade, o tamanho do grupo e a identificação com o grupo. O Estudo 02 objetivou testar, por meio de um estudo experimental, o efeito das pistas de vigilância social sobre o comportamento de doação dos participantes. Estudantes universitários foram solicitados a fazer doações sob duas condições, presença ou ausência de pistas sociais. Não houve diferenças entre os valores doados pelos participantes nas duas condições. Quanto maior a orientação individualista, menores foram os valores doados. Nossos resultados sugerem que a baixa percepção de vigilância, os altos valores doados e a ausência de efeito das pistas de vigilância sobre o comportamento de doação tenham relação com a forte orientação coletivista dos participantes.

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