A concepção dos moradores de serviço residencial terapêutico sobre o significado do lar e o habitar.

Nome: MARIANA CARNEIRO CAPUCHO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 26/03/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
TERESINHA CID CONSTANTINIDIS Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
LUZIANE ZACCHÉ AVELLAR Examinador Interno
MARIA INÊS BADARÓ MOREIRA Examinador Externo
TERESINHA CID CONSTANTINIDIS Orientador

Resumo: As residências terapêuticas (RTs), de acordo com a legislação, se configuram como moradias ou casas inseridas, preferencialmente, na comunidade, destinadas a cuidar das pessoas com transtornos mentais, egressos de internações psiquiátricas de longa permanência, que não possuam suporte social e laços familiares, e que viabilizem sua inserção social. Parte-se da premissa de que há uma dualidade na descrição da RT, enquanto um serviço substitutivo e como moradia, descritos pelas políticas de saúde e a concepção de lar e habitar dos moradores das residências. Foi realizado estudo com representatividade amostral da pesquisa qualitativa com entrevistas semi-estruturadas, que buscou compreender o significado de ex-pacientes psiquiátricos de longa data de internação, atualmente moradores do Serviço Residencial Terapêutico (SRT), acerca do significado de habitar. Participaram da pesquisa, cinco moradores de RT situadas em cidades da Grande Vitória. A partir da perspectiva da atenção psicossocial proposta por Saraceno e da perspectiva filosófica sobre a casa e o habitar de Bachelard, foi possível entender os significados de casa e do habitar para essas pessoas. Após análise temática do conteúdo das entrevistas, foram indicados e discutidos fatores da relação do morador com a RT e o habitar, tais como: o morar e o trabalhar, a transferência para a RT, a vivência na RT e a casa idealizada. Para os participantes deste estudo, a casa aparece, de um lado, atrelada à presença da família, à liberdade, à autonomia, à proteção e, por outro lado, o sofrimento psíquico e, a internação como marcos do rompimento desse lócus de existência. Os moradores apresentam dificuldades na apropriação do espaço enquanto lar, e é apontada a importância da participação do ex-interno do hospital psiquiátrico no processo de passagem da internação para a residência terapêutica.
Palavras-chave: residências terapêuticas; habitar; saúde mental; desinstitucionalização.

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